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sexta-feira, 2 de outubro de 2009


Queria deixar de imaginar os teus lábios de boneca pintada, vermelhos e quentes...

Queria que a tua imagem de mulher com meias pretas não me tolhesse a Alma...

Queria ser capaz de entender a vulgaridade da tua Paisagem de Mulher decorada com os enfeites do prazer sem retorno...

Queria saber o teu nome, mesmo que nunca te olhásse...

Queria acreditar na ilusão que provocas no orgasmo que seduzes...

Queria entrar dentro de ti para afugentar a Morte...

domingo, 15 de março de 2009

Amanhecer sem história...


Respirava a ausência do teu corpo,

na penumbra da tua alma...

Havia no ar um perfume,

um desejo ou a memória

de um sonho...

Acordava na manhã um vazio

sem amparo, uma solidão sem nome...

Procurei vestígios de ti,

do teu corpo, quente e aberto...

Procurei em mim,

na manhã que rompia,

a presença ou apenas o cansaço

da noite acordada morta...

Mulher paisagem


Docemente, os teus olhos dançavam,

flutuavam no movimento do corpo,

como canoas brancas à deriva...

Quentes, os teus lábios devoravam

a ânsia crua e incandescente dos meus...

A tarde volvia sem apego nem tormenta,

entardecendo a nudez pálida do desejo...





domingo, 11 de janeiro de 2009

Lugares sem nome...


Em algum lugar, a tua boca tece, àvida,

o calor húmido e doce...

Em algum lugar, o teu gemido cala o som das esferas...

Em algum lugar, a tua dança extasiante,

confunde o espaço e o tempo...

Em algum lugar, amor, paixão e sexo,

não terão nenhum sentido...

Em algum lugar, serás o imaginário nunca imaginado...

Em algum lugar...

Apenas Gestos...




A forma como pintas os lábios, o movimento que anima cada gesto,


desperta os mais insuspeitados e contidos desejos...


A forma como soltas o cabelo e te insinuas,


conhecendo os efeitos que provocas...


Tudo em ti enfurece o corpo e incendeia a mente,


como se o prazer fosse o objectivo supremo...


Pudesse a vida conter uma dimensão inconsequente,


onde penetrar-te fosse apenas cumprir o desejo...