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domingo, 15 de março de 2009

Amanhecer sem história...


Respirava a ausência do teu corpo,

na penumbra da tua alma...

Havia no ar um perfume,

um desejo ou a memória

de um sonho...

Acordava na manhã um vazio

sem amparo, uma solidão sem nome...

Procurei vestígios de ti,

do teu corpo, quente e aberto...

Procurei em mim,

na manhã que rompia,

a presença ou apenas o cansaço

da noite acordada morta...

Mulher paisagem


Docemente, os teus olhos dançavam,

flutuavam no movimento do corpo,

como canoas brancas à deriva...

Quentes, os teus lábios devoravam

a ânsia crua e incandescente dos meus...

A tarde volvia sem apego nem tormenta,

entardecendo a nudez pálida do desejo...